Tempestade no mar da Galileia- Rembrandt
Abre-se os céus\
Num imenso abismo escuro\
Sob um tom puro\
A procela escandalosa\
Linda e maravilhosa\
Impõe suas horas\
Ao barco no mar da Galileia\
Faz homens simples e habilidosos\
Quando sábios aos seus olhos\
Terem calafrios de devaneios\
Numa realidade sem meios\
De enxergar saídas\
Quando veem, de fato o caos\
Gelando a alma\
Como as ondas sem freios\
Acorrenta as vias do receio\
Atentando forasteira\
Contra as fraturas dos termos\
Que qualquer um guarda no peito\
Feito crianças insanas\
Bradam por suas vidas\
soltam de suas bocas\
Gritos horrendos\
Aflitos de medo\
Estonteados, se agarram as adriças\
Vomitam a marear\
Descem a ancora\
Correm, ligeiros a nenhum lugar\
Tentam e insistem, sem êxito, dirigir velas desgovernadas\
No rumo do nada\
Aquele vazio argumenta\
Aos ouvidos, o que a visão diz se feio\
Onde poucos acreditam\
Muitos naufragam\
Barco ao mar da Galileia absorto\
Envolto as ondas iradas\
Cobrando dos erros\
Um preço a pagar\
Tempestade no Mar\
Oportunidade única pra navegar\
Siga na vida\
Sem invejar\
Trabalhe e construa\
Até o senhor te chamar\
A rir ou a chorar\
Tua vez, eu sei chegará\
Não temas\
Vá, acredite\
Que o impossível não há\
Se não, como muitos\
Ao invés de ir\
De certo morrerás\