Casa Nova
Enfim, cansei ex-amor/
De ouvir inúmeras vezes/
Que não servia pra você/
Agora hás/
De dormir em paz/
Vivias a dizer que eu/
Estava te empatando/
Não permitindo que servisses aos teus propósitos/
Que os crimes que cometi/
Contra ti/
Versadas em traições /
Até tinham perdão/
Mas era só da boca prá fora/
Porque em teu coração/
A ferida exposta remoia à vontade de vingança/
Como larva num vulcão/
E vez por outra, sob a voz de tua língua ferina/
Vinha à tona qualquer insinuação/
A me humilhar perante a mesa/
As vezes, não suportava e brigava/
Mas depois passei a guardar/
Como subsídios pra eu sair/
Do vício de beber contigo/
Esse amor bandido/
Nocivo a nos matar/
Você pode até jurar/
Sei bem do seu sentido/
Mas vejo quase com clareza/
Que o melhor castigo/
Pra mim, é sofrer sem ter em meu convívio/
Alguém com o teu valor/
Se eu não presto/
Então porque seguir vivendo/
Amargurada e de coração partido/
Você me fez o caminho/
Pra eu seguir em frente/
Sem olhar o que a gente/
Um dia construiu/
Essa é a hora de ir ou ficar/
Que escolho partir/
Pra quem sabe mudar/