Desamor
Mundo estranho esse nosso
Em que quero o que não devo
Por achar que tudo posso...
Mundo estranho esse nosso
De gente que não se importa
Com a dor na outra porta
Nem com a fome em pele e osso.
Mundo estranho, um dilema
Em que a vida pouco vale
O meu primeiro, é o lema
E quem sofra que se cale.
Mas não quero ser mais um
A viver a ganância desmedida
Esse rombo aberto em ferida
Que contamina a humanidade.
Quero o elixir que nos una
Que nos liberte, que nos sane
Quero um peito que derrame
Toda forma de bondade.
E se tola eu for por isso
Que a tolice me abençoe
Beije-me a alma, o sorriso
E com o sonho me coroe.