Renascimento no Nevoeiro: Uma Jornada para o Amor Próprio

Voltei para mim, finalmente me encontrei naquele nevoeiro. Hoje, depois de subir o poço, de escalar os muros que você criou para me ver infeliz. Eu posso agora fazer diferente, agora que a droga do seu amor passou. Agora que não há nenhuma essência de você em mim, que não existe nenhum sintoma de recaída. Sinto que fiquei tão distante de mim que agora fica quase difícil me reconhecer no espelho. As cicatrizes que ficaram, eu ainda nem sei se algum dia essas marcas de um passado em preto e branco, sem uma gota de felicidade, vão resumir toda a minha existência. Será possível que eu ainda vou precisar encontrar todas as amizades que fizemos nesse tempo juntos? Será que ainda vou precisar suportar sua presença no casamento dos nossos melhores amigos? Eu não sei o que vai acontecer daqui em diante, mas o que eu sei é que não vou permitir que você lance sombras sobre minha vida. Estou livre de um amor doentio, que não toca, não ama, não beija e não entende, mas, acima de tudo, estou livre de alguém que machuca. Enfim, para minha futura eu, que vai começar quando o ponto final deste texto for digitado, aproveite essa nova chance e viva novamente o amor, pois o culpado não usa vermelho.