O amor vai nos dilacerar novamente
Beije-me antes que a loucura chegue e com espada afiada lacere esperança minha.
Toque-me antes que eu desfaleça ao tragar Dionísio e tudo o que de razão humana escape emergindo o caótico, não convencional.
Leve-me ao recôndito do teu santuário antes que meus demônios latejem em pele nua, crua, brasa.
Abrace-me, mas com a liberdade de asas abertas sem dor
Mas e se for dor, que se compraza.
Beba-me, mas me deixe escorrer manso e sinuoso como um rabisco de Dali.
Leia-me e decifra as telas do corpo e a música da alma.
Prenda-me como um beatnik em uma casa de bebop com Chet Baker.
E depois me liberte dessa casca de noz... nós...