Metades do eu
Estou na metade
Do copo
Do topo
Do tombo
Estou na metade
Desse filme
De Fellini
Olha o plot twist
Estou na metade
Da verdade
E da nota
Que não destoe canção
Há tantas metades
Que eu nem comecei...
E há tantas verdades e sequer comentei
O fato é que nas entranhas da fera feito Ulisses
Descobrindo que ninguém sou, ressurja do nada para o inteiro.
Se é que esse "todo" exista.
Enquanto isso sigo rebuscando a língua
Afiando a espada onde gumes também são metades.
E de meio a meio descubro a mediocridade destas letras vãns.
E, como em Byron até o beijo se faz meio, caminho, desalinho.