Afasta o vazio

No breu da alma

Onde ancoram os fantasmas...

Onde se ouve o sussurrar da incerteza,

Que ocupa esse vazio...

O medo não se cala

Na ausência do silêncio,

A solidão de mim fala,

Tão suavemente que doí,

Essa fria calma...

Aconchegando-se entre as paredes,

Pois, há uma brecha aberta,

Nem á água matam a sede,

A solidão abriu essa porta,

Onde a escuridão escreve

Seus próprios versos,

A mente já não ouve o coração

Houve tempo que está não dizia não,

Mas dominou, por falta de atenção,

Espalhou as espigas

Em terrenos baldios do âmago,

Viu os rostos com vigas, rugas

Quando este sentia o desapego,

Sentiu-se só, sem sossego,

Quando o amor foi envenenado,

No cálice daqueles lábios amargos,

Nos tão frios e falsos abraços,

Onde muitos perderam os laços

Agora os sonhos dormem,

Onde não germinam as sementes,

O a(mar) tornou-se diferente,

Há o recipiente que precisa se preencher,

Para que possa nascer,

A faixa do amor, o prazer,

Para que o silêncio

Não seja apenas o som da alma,

E que não corrompa a essência do ser,

Na espiritualidade do existir,

Libertemos a raiva porvir,

Resgatando cada flor de amor

Que existe em cada receptáculo,

Para que não nos sintamos sozinhos,

Rebusquemos a força em nós,

E sigamos firmes novos caminhos,

Onde emana a esperança e o amor,

Onde a íris possa enxergar

A bela da cor,

Onde o vento sopre

Na direcção certa do a(mar)

Afasta o vazio

que há em ti (...)

(M&M)

Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko
Enviado por Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko em 27/09/2023
Código do texto: T7895574
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