No lado oculto da lua
Acabou-se o fogo
Sumiu o diálogo
É o início do prólogo
Em meio às cinzas,
Ainda ranzinza,
Um par zonzo
O fácil,
Foi a imbecil
E se tornou difícil
Após anos,
Tristeza e desengano
Vêm rasgar o pano
E, no lado oculto da lua,
O culto e o incauto
Falaram mais alto
Poderia ser diferente
Mas, na frente
Está sempre o referente
E a parte que importa,
Assume e se conforta
Pois, aberta fica a porta.