VASO DE PLANTA COMUM NUM CANTO QUALQUER
Era um vaso de planta, comum,
Num canto qualquer da casa.
Minhas retinas cansadas
Do olhar ordinário
Jamais pararam
Para nele observar.
Mas hoje foi diferente.
Olhei aquela plantinha
Como quem se vê em espelho.
O mundo é casa e cada um
Segue esquecido, invisível num canto.
Somos todos únicos, irrepetíveis.
Não há um vaso de planta igual ao outro.
Há sempre aquele detalhe,
Aquele jeito peculiar
Assim sou eu.
Assim somos nós,
Num canto qualquer,
Esperando um OLHAR.