Os lírios
Os lírios
Pétalas sardentas salpicadas sedosas
No rosto em carícias e toques de prosas
Um cálice aberto para os verdes e calados olhos
Nas mãos as hastes abraçadas aos molhos
Flores de pureza e feminilidade
Da cor dos lábios em rosa suavidade
Pólens soltos no ar que se suspira
Vagueiam a sonhar nas brisas da poesia
Ai, que belos os bouquets de lírios
Que brotam do peito e de secretos delírios
A mão eleita apenas os deixa florir
Como se fosse terra desfeita e sol a luzir
E quando a flor desmaia pelo cansaço do final do dia
Há sempre um orvalho matinal que a molha e acaricia
Luísa Rafael
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Porto, Portugal