AQUELE MENINO

AQUELE MENINO

Fora eu, aquele menino...

Que só sabia pedir perdão

Um ser, sardento, franzino

Que tremia à rejeição...

Corria livre, esse menino...

Sem roupa, de pés no chão

À casa do amor interino

Onde era amado com devoção...

Sonhava ser Anjo Divino...

Com asas de propulsão

A livrá-lo do que não previno

Ou o ferirem só por diversão...

Fora eu, aquele menino...

Hoje... Um pacato cidadão

Trilhei o meu próprio destino

E vivo do meu quinhão...

Perdão! Por ser meio esquisito...

Por ser de outro padrão

Por não atender a requisito

Perdão a todos! Perdão!

(AQUELE MENINO - Edilon Moreira, Julho/2017)