Não venhas

Não venhas

Com as palavras

Do costume

Nem com borboletas

Fáceis

Do ciúme

Não me tragas

Rosas

Sem perfume

De essências

Voláteis

Não me tragas

Conversas

Escorregadias

De venenos

Amáveis

Não venhas

Com os teus

Desesperos

Amenos

Apressados

Que a porta

Dos passados

Já fechou

Na janela

Já ventou

A paz

Da minha liberdade

O meu

Amor

Pleno e suave

E eu

Sou flor

Poética

Num canteiro

De cuidados

No coração

Sou flor

Dos silêncios

Calados

Em confissão

Que o Verão

Não secou!

Luísa Rafael

Direitos de autor reservados

Porto, Portugal

Luísa Rafael
Enviado por Luísa Rafael em 22/09/2023
Código do texto: T7891727
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