Não venhas
Não venhas
Com as palavras
Do costume
Nem com borboletas
Fáceis
Do ciúme
Não me tragas
Rosas
Sem perfume
De essências
Voláteis
Não me tragas
Conversas
Escorregadias
De venenos
Amáveis
Não venhas
Com os teus
Desesperos
Amenos
Apressados
Que a porta
Dos passados
Já fechou
Na janela
Já ventou
A paz
Da minha liberdade
O meu
Amor
Pleno e suave
E eu
Sou flor
Poética
Num canteiro
De cuidados
No coração
Sou flor
Dos silêncios
Calados
Em confissão
Que o Verão
Não secou!
Luísa Rafael
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Porto, Portugal