ALVORADA

Se esvai de mim

a ânsia da perenidade

Medos inaudíveis,

que surgem na imanente aurora

Sentimento arcaico,

que maldiz falsamente o tempo

Faz-me sofrer o descanso da espera

Ó lua, fragmento de solidão!

Vejo-me na noite que não passa,

perdido no beco estreito da ilusão

É revelada a carne que arde em chamas

Na anelante argila do tempo oculto

A fria madrugada recobre a dor

Na firme coragem do amanhecer

Acordei com decepção e ânsia

temendo prosseguir no firme juízo.

José Rafael dos Santos Alves
Enviado por José Rafael dos Santos Alves em 21/09/2023
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