Há mais de uma razão no estar...

Há mais de uma razão no estar

Do que no fato de ter sido...

Uma minúscula formiguinha trafegava clandestinamente,

Parcimoniosamente, num silêncio parcial e taciturna,

Quando foi solapada por um dantesco estrondo,

Ressonância do tombo daquela velha árvore

Pensou nas meninas como estrelas

Pensou nos mortos, nos feridos, nas plantas perdidas

Pensou, pensou, pensante ficou no fim

Sim, era o fim de mais uma fonte de vida

Mas, ainda daria para levar alguns milhares de folhas,

Tenras folhas, folhas quebradas, folhas,

E mais folhas para casa

Partiu em sua direção taxativa, pronta para o regalo,

Comandando um batalhão de irmãs

Sob os olhos dos seus vigilantes

Triunfante chegou, triunfante comandou a colheita

Morreram no metro seguinte no visgo de uma língua.

O mercado da razão esconde os caminhos mais seguros

Mas, o ímpeto comedido pode esconder alegrias nunca dantes imaginadas.

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 25/03/2005
Reeditado em 28/03/2005
Código do texto: T7891
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