ILUMINAÇÃO
Ouço lá de fora os sons do amanhecer
Os galos que cantam o alvoroço das galinhas
A cigarra que veio me fazer dela lembrar
Deu tom deste novo alvorecer
Abro a janela, as macaúbas é silhueta primeira
Suplantam com magia o pomar dos abacates
Que se impõem no orgulho e no verde exuberante
Se abraçam e se somam no exibir da mangueira
Estão lá ainda não vejo
O gado na pastagem hora escondida
Acostumados com hora da lida
Parece que anseiam pela chegada do manejo
Sem novidades do ontem que se foi
O mesmo sol se declarando das montanhas
O mesmo ar da fresca brisa aos pulmões
Os mesmos tons que me inspiram as canções
Olhando em tudo vejo alegria no além que eu espero
Prevejo o fruto da semente bem plantada
Não temo e sonho com o resultado da jornada
Terei sorrisos no final da escalada
Pago em amor o amor que tanto quero.