tua igreja
Não é sempre que o sabiá que entoa seu canto
Compreende nossa preferência, ele canta
Para o lago, para a palmeira, para outro
Sabiá; é imperativo não ceder ao veneno
Fulgurante, ao seu beijo, minha lança de
Platina, seu passo já nos revela seus
Desafios, uma igreja no topo, onde ao lado,
O coral desfaz o mundo de uma única
Vez, e sorrimos; o amarelo da igreja
Rasga o espaço vazio, quando ao segurá-la
Pelo braço era como ser transportado, pois
Tua presença era uma embarcação distinta, o
Tempo lhe deu uma profusão de escolhas,
Teu semblante, tuas mãos, aqueles olhos que
Jamais se dissiparão da memória, não porque
Não soubéssemos do porvir, mas temíamos reconhecê-lo, pois
Os mais belos navios, já sabemos para onde
Navegam; domingo são sempre domingos,
A mesma fruta, mas de árvores diferentes, o mesmo sabor
Quando nos falta, o estômago abre a boca
E se oferece como a entrada para o fogo.