Até ao infinito

No final da noite,

Chega o silêncio,

Com sua nota suave,

Entre o enclave,

De um antes e um depois,

No prenúncio da madrugada,

Estaremos só nós à sós,

Talvez até o silêncio com aquela voz,

E a tal história,

Para contar,

Aí saberemos nos expressar,

O quanto é tão bom a(mar),

Essa sensação de leveza,

Que tem proeza,

Tesouro do coração,

Daremos sempre o melhor de nós,

Na mesma proporção,

Equilibrando as diferenças,

Pois, essa será a aliança,

A tal história pra contar,

E que sejas sempre o meu ombro,

Sem um fim, para nos suportar,

Sem temer o medo de errar,

Que sejas o infinito,

Tal como os mistérios do a(mar),

E no final de tudo,

Que sejas sempre o meu luar,

Quando a noite se ausentar...

Prometa-me, com a lira,

Dos teus olhos a chorar,

Que viverás só para a(mar),

Na redundância da palavra,

Até ao infinito dos sonhos,

Que sejas o escudo das dores,

Entre rosas e espinhos,

Quando os dias perderem as cores,

É essa a tal história,

De saudades e memórias,

Que teremos de contar,

Até o silêncio sussurrar,

E a brisa fria nos acalentar,

Que sejas apenas meu,

Como as estrelas tem o céu,

Ou tal como nuvens de algodão,

Que dão leveza ao coração,

No final da noite,

Há esse curso do amor,

Que brota dos nossos corpos,

Onde nos amamos sem pudor,

Há essa vontade

Minha e tua,

Essa essência da alma nua,

Que lentamente invade,

Há aquele desejo sem maldade,

Que nos prende no mesmo labirinto,

Apenas temos-nos a nós para a(mar),

Em ondas nos afogar, afagar,

Até a ilusão orgasmar (...)

(M&M)