“Desemaranhar de gatilhos”
Meu amor pulsa por você, irmão
É perturbado, desajustado,
Transando soluços e sonhos baratos
Mestre-sala entre alas trazendo solução.
Uma hora pimenta que arde, invade
Incendeia as borboletas no estômago
Noutra pés e chão, pitada de ponderação.
Não é falha minha ou desarme da intuição
A fagulha estopim do desprezo em momento de depreciação
É só a quantia de coisas que consiste em acumular
Dando conta ao caótico conceber da decepção
No arrasto deserto pela maré da multidão.
Embora envolto de carne e conselhos
Demanda hormônios pra expulsar demônios
Retocar a calma, o respaldo e o poder do perdão
Regulando processos comportamentais.
Coisa que bateria de exame não identifica
Feito dosagem defasada de vitamina, mas
Também te danifica. Pra doença da alma
A cura em colheradas diárias de compaixão
Colo, abraçaço, conforto apertado entre os braços
Cuidado encontrado de graça na palma da mão.
Mãos e olhos que ocupados com celulares
Queimam células reduzindo o campo de visão, não detém atenção.
Corpo ereto não sustenta só de pão
Cabeça e coração saudáveis também não.
Lançando o paradigma contra a parede
Nadando contra a corrente incoerente
De quem pensa que possui a patente do amor.
Por um novo viés, que não exija permissão
Pra amar e ser amado sem que hajam exceções.
Seguimos vivenciando o enigma
A partir da próxima página escrita
Desse livro pelo poeta chamado: vida,
e nada mais.