O voo da borboleta

Eu sei que voas encantada no céu

Numa amplidão plasmada do que é teu

Pensas que é liberdade mas no teu voo sereno

As asas te oferecem um bailado pequeno

Eu sei que gostas da solidão desta dança

Mas na imensidão há tantas que a vista alcança

Achas que os limites são até onde chegas

Mas olha que não é, é onde páras e sossegas

Esses sim, não são muros de iludidas distâncias

Nem as paredes dos ventos que sopram cânticos e ressonâncias

Vê bem as tuas asas te levam ao éter da poesia

Resta-te o pouso no pólen solto que te faz magia

Ai, minha linda borboleta como te enganas

Descansa em mim que sou o voo que amas!

Luísa Rafael

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Porto, Portugal