Na inocência do prazer...

Saudade rasga-se no céu

Entre as nuvens,

Como sol presente,

Mas, são miragens,

Em contraste com a chuva,

Tudo parece certo,

Num tempo sem resposta,

De uma estação de sentimento,

Sê sincero, será que o coração entende...

Nem tudo a balança pende...

As mais belas lágrimas de amor,

Foram as que derramei no silêncio,

Quando amar-te era um vício...

Não eras apenas a dor,

Tinhas a cura,

A infinita ternura,

Exalavas o frescor,

Era loucura...

Agora nem a tua voz me calma,

Ouvi-la, doí-me a alma,

É essa a tristeza,

Que definem os olhos,

Que já nem sabem onde olhar

Perderam os caminhos,

E esse abraço, que nem sabe

Onde se aquecer,

E tu saudade, aqui cabes?...

Nem precisas responder,

Será que voltaremos a ser quem éramos,

Nesse presente contínuo,

De incertezas de beijos falsos,

De nuvens cinzentas,

E retratos calados....

Fingir tal qual os poetas,

Em meus lábios morreram os sorrisos,

Minhas íris já nem enxergam,

As flores do paraíso,

Sorrir é a máscara de um quadro negro,

Onde meu rosto já não esconde o breu,

Saudades de tudo que era meu e teu...

Só resta o âmago para me acolher,

Talvez a dor me possa compreender,

Pois, a saudade julga-me,

Na inocência do prazer...

(M&M)

Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko
Enviado por Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko em 19/09/2023
Código do texto: T7889479
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.