Releitura das estrelas...
Euna Britto de Oliveira
www.euna.com.br
A vaca viva não pode ser fatiada,
Por isto, primeiro é abatida.
Pastar, passear, amojar...
Não fazer nada...
Véspera do nada.
Não há muito socorro
Para os limites forçados.
Limites imploram por respeito!
Ignorados, não se responsabilizam
Pelas conseqüências...
Fora de mim, o mundo.
Dentro de mim, outro mundo.
Um mundo comprimido, condensado,
Que se expande... se eu deixar.
Demonstrações de amor amansam a fome infinita
Que diariamente consome o mundo e os que nele habitam...
Se me ofendem,
A força do hábito me força
A tomar posição de sentida...
Se ressentida, logo acrescento uma pedra
À pedra fundamental do perdão,
E sobre ela escrevo NÃO
A qualquer servidão.
Construo minha história.
Reinvento a roda, o fogo, a faca,
A rosa-dos-ventos,
O "lato sensu" da palavra amor...
Desconsolada, consolo-me con nervos de aço
E fibras de nylon...
E com a releitura das estrelas!...