Releitura das estrelas...

Euna Britto de Oliveira

www.euna.com.br

A vaca viva não pode ser fatiada,

Por isto, primeiro é abatida.

Pastar, passear, amojar...

Não fazer nada...

Véspera do nada.

Não há muito socorro

Para os limites forçados.

Limites imploram por respeito!

Ignorados, não se responsabilizam

Pelas conseqüências...

Fora de mim, o mundo.

Dentro de mim, outro mundo.

Um mundo comprimido, condensado,

Que se expande... se eu deixar.

Demonstrações de amor amansam a fome infinita

Que diariamente consome o mundo e os que nele habitam...

Se me ofendem,

A força do hábito me força

A tomar posição de sentida...

Se ressentida, logo acrescento uma pedra

À pedra fundamental do perdão,

E sobre ela escrevo NÃO

A qualquer servidão.

Construo minha história.

Reinvento a roda, o fogo, a faca,

A rosa-dos-ventos,

O "lato sensu" da palavra amor...

Desconsolada, consolo-me con nervos de aço

E fibras de nylon...

E com a releitura das estrelas!...

Euna Britto de Oliveira
Enviado por Euna Britto de Oliveira em 23/12/2007
Código do texto: T788928