Fim

Parece que estou no fim da linha, meu dias estão se acabando

Já não aguento mais, as pessoas continuam violentando

Apoio não há, mesmo eu implorando

O celular que ganhei, parece que nem está funcionando

Maldito crackers, não sei se foi mandado

Sou uma sobrevivente de esganadura, autista, mãe de dois autistas, os dados importantes estão espalhados

Será que nesse caso há conhecidência? Já nem sei mais

Está tudo para mim, demais...

Recorri a justiça, advogados, fiz dois relatórios até mesmo das violências institucionais

Tudo como pedido de SOCORRO, mais parece ninguém querer me ouvir, o que fazer já nem sei mais

Quantas vezes fui negligenciada? Está tudo para mim, demais

Os roteiros temo que não dará mais tempo. Ficou no meu cérebro.,,

Recorri ao CREAS, CRÁS, CAPSY, Gabinetes de políticos, secretarias,...

Colégio da minha filha o tempo todo negligenciando, tratando minha filha com exclusão

Como dói... Não há nada de inclusão

Bem que meu algoz me disse uma vez, vou te matar aos poucos

Se lerem minhas poesias, os relatos tem sido aos poucos

Já não consigo ver uma luz, somente escuridão.

Me tiraram quase tudo, menos tudo que aprendi com os estudos

Parabéns a todos que desejaram minha morte, só queria um pouco de sorte

Para poder ser mais forte, meus roteiros serem lançados mesmo estando em luto

Está tudo demais

para mim, demais...

Karine Pimentel
Enviado por Karine Pimentel em 18/09/2023
Reeditado em 21/01/2024
Código do texto: T7888890
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