REQUIEM BRASILEIRO
E foi do corpo retinto a missão de sangrar,
até que os alicerces fossem assentados,
para apagar seu nome que ficou no além mar,
desconhecido como os presentes passados.
Descanso eterno só depois que a luz morrer,
num hiato entre o som da tranca e o canto do galo.
O caminho é longo entre achar e se perder
naquilo que não sei e naquilo que falo.
O Senhor de barro tem piedade da dor refinada
e pensa que açoite pesa mais em quem faz o estalo.
Só por isso não diremos "Dai-nos a paz", nem nada,
poque somos a revolta do corpo objeto vassalo.