ESPERO
Espero que o pranto
Da noite que demora,
Que as incertezas
Em mim plantadas
Madrugada afora
Sejam parte do plano
Da vida. Dessa Mão
Invisível que me acorda
Todas as manhãs,
Que todo dia nos aborda
Coberta de mistério e espanto
Magia de ser e estar no mundo
Eu, expectador da borda
Do abismo sem fundo
Espero que, a qualquer hora,
O pranto e o espanto
Da minha louca jornada
Tornem-se agora
Motivos do meu canto