A fada
A fada
Ela esfuma-se por entre as vestes nocturnas
Voa nos sonhos das brisas lentas taciturnas
É de noite que deambula pelos astros sonolentos
Com a liberdade pura em movimentos lentos
Ela desfila sensual com a joalharia das estrelas
Dança na pauta musical e espreita nas janelas
Faz coreografia nua no veludo do céu
Coberta pelas asas que a vestem num doce véu
Ela tem cabelos salpicados de cósmicas poeiras
Em ondas leves com o dourado das areias
Tem o perfume dos pinheiros no calor da pele
Um sorriso de rasgos soalheiros de sabor a mel
Ela é uma mulher de sonho há quem diga que é fada
Talvez um visão etérea ou ilusão que de repente é nada
Luísa Rafael
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Porto, Portugal