flutuar sobre o fogo
Obscuras convulsões
Da carne, que entende o fogo
E seu combustível é bombardeado
Pelos canais sanguíneos, incapaz
De protestar, as altas temperaturas
São a vertigem necessária para navegar
No cosmos incompreendido, onde
Todos os homens nascem para flutuar
Sobre o abismo silencioso, no entanto,
Na gélida hora da entrega, não sabemos
Qual mão aciona o motor da sanidade,
O planar, a íntima maneira de não conhecer
A queda, ou o medo que a precede,
É preciso entender que a carne
Não queima, mas é o próprio fogo