Coloquei minha vida
Na mansidão das
Águas, límpidas.
Sem ondulações,
Pura calmaria...
Sem barulho
Sem sentido.
Morna água do útero
Quietude.
Escondida e plena
Sem dor, sem
Desatino...
Protegida das intempéries do mundo.
Tão segura estava,
Tão potente estava ,
E tao sozinha estava...
Sem um caminho,
Sem um murmúrio.
E sem também o
barulho bom do pulsar das veias, do desenfreado
Coração...
Pura e neutra...
E uma ansia surgiu,
Ver um sol e uma luar,
Insistir e resistir,
Nas vissicidudes ,
Do amor a vida.