Perplexidade Melancólica
Entre os dedos, deslizo pedaços meus.
A melodia desponta nas falanges,
Na pele,
Nas unhas.
A ira reluz
Aprisionada ao café no fundo da caneca.
Caço o melhor foco das pupilas para não perder o espetáculo.
Não há como no ar aniquilar a dissonância
Que é me flagrar sendo eu mesmo;
E a perplexidade ecoa melancólica no espelho.
E se vai mais uma banalidade que eu poderia ter presenciado em silêncio.