O que ficou na memória
De um passado distante
O que fechou portas
Silêncio do poente
Primavera arrancada
Destravada...
Ocultada de mim.
Não podia mais ver o sol
Não enxerguei mais
Versos caídos no chão
Uma pausa...
Uma síncope
Verões silenciados
Frio da alma...
Boca sedenta de
Luz...
A chave do destino
Foi meu desatino
Solidão!
Em par, em par
Compus um poema
Entre frestas, metades
Que não satisfazem,
Ninharia imposta.
Do percurso da vida
Da lida,
Abri a porta...
Destrave as linhas
Surgiu parágrafos
Um fado...
Memorável som
Escancarada poesia.