COMO VEJO A DEPRESSÃO

Vejo-me caindo...

não estou rindo

o poço é bem profundo

minha alma vai saindo

arrastando-me para o fundo...

Tateando eu procuro

firmemente me seguro,

não parece um muro

é totalmente escuro,

caio no obscuro.

Lá estou eu,

envolvida pelo breu,

sem entender o que ocorreu

a satisfação se esqueceu

de retornar ao corpo meu.

Envolta pela penumbra

nenhuma luz me vislumbra

flutuo numa tumba

essa visão me deslumbra,

e mais meu corpo afunda.

Estico o meu braço

extremo é o cansaço,

forças e ânimo entrelaço

num suspiro me abraço

tento sair, mas fracasso.

Procuro escalar,

meu corpo quer soltar,

volto a cair,

grito sem ouvir,

a tristeza a consumir.

Quero ficar ali

continuo a cair,

quero a dor subtrair

ninguém parece vir,

enfim admitir...

...está lá a depressão

embora diga não

a falta de emoção e,

essa péssima sensação

precisa de contenção.

Deseje a todo momento

sair desse sofrimento,

seja sua própria ajuda,

agarre-se a esse pensamento,

essa situação só você muda...

Maria Cristina Amaral Oliveira
Enviado por Maria Cristina Amaral Oliveira em 14/09/2023
Código do texto: T7885458
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