SONHO INEXISTENTE
Enraizado por esta dor que teima vencer…
Sem saber como, descubro a cura
Ressuscito-me no eterno das palavras
A cada dia que me sinto morrer!
Corro para dentro de mim
Salto para dentro do meu jardim.
Apenas sou mais um, dos que lá entraram
Sou todos aqueles que colheram flores
Sou veneno, sou amor
Sou todos aqueles… que as pisaram.
Misturando-me no tempo
Adianto-me aos sonhos sem adormecer.
Com o devido tempo
Abro as portas e janelas do meu ser.
Viro as costas, fecho os olhos
Vejo sombras… as minhas sombras!
Um manto de tudo o que a minha sombra cobre,
É medo que se destapa
Ferida que fere e mata
Um céu se encobre…
Que venha rápido o amanhecer!
Atiro as pedras na água estagnada e impura
Afugento meus fantasmas
Num rio de lágrimas,
Em um sonho inexistente...
Nota: Baú do Passado > Escrito em Janeiro de 2007