pássaros sem nome

Em praias imensas, temido namoro com o mar,

O destino, essa pedra, firme, escrita ou virgem,

Nos anima na invisível visagem do futuro.

No inverno, coisas giram em outro ângulo,

Água inundando o vazio da ausência mais intensa,

A sombra sobre si mesma se projeta, o sol emudece.

Pássaros sem nome, seu vendaval após o alçapão,

Os olhos não desvendam,

Fogo, ruas, parede e vale, essa textura, ou a cor da lâmina mais densa.

São ínfimas paisagens reveladas; o sol a tornar-se sol nas pequenas sombras,

Dominando o espirro das águas, como um rio serpenteante de grãos dourados, desaguava,

Agitado, seu pulso na frequência mais acesa, alguém ama.

Neblina que faz brilhar o belo empurra a perspectiva para os cantos,

Na trama debilitada do gelo, crianças forjam lembranças.

A beleza empurra a atmosfera.

Levando-a a quadros requintados, infantes à beira de praias,

Nos tornamos água, óculos líquidos que nos apresentam de outra forma,

Do mesmo jeito que sabemos do sol, da coruja, cujo pescoço todo ao redor é preservado.

A memória magnética atrai para si tudo que é análogo.

Então esquecemos, o amor, esse sedimento;

Amor aprendido como uma ponte feita exatamente para não afundar no rio profundo e se afogar em pensamentos.

Ao meu redor, quase, o que não foi, desapareceu no elástico esforço das camadas que perderam seu calor.

Os anos, somados um após o outro, não são os mesmos dos termos encravados.

Sou, mais cera que substância séria, a fruta entorpecida em fazê-lo.

Na praça, a vida se reflete na elegância de um copo, na amplitude de uma mesa.

Com seu panos de pratos, leves rotação de gravidade que nos torna,

Os cães vivem pouco, as formigas são apenas formigas, e as carnes, veículo mais desejado.

Sabemos mais do que parte de um bicho que não caminha com os signos, o tempo, finito.

Ela mesma, a moça nunca esquecida, pluma branca e branda, vertigem que não acaba, saliência existencial que declama.

Finita, mas infinita dentro de um casulo, é amada, e toda água é onda que lhe aclara.