A CAMINHO
A CAMINHO
Inverno moribundo
Primavera nascendo verão
Vida aquecida
Fruto de nossa frieza
De que valem alertas
A ouvidos moucos
Se bem aos poucos
Entre secas e enchentes
Medos e prantos
Vamos matando
O que nos dá vida
Na folia das feiras
Consumindo sem eiras ou beiras
Orgia entre esgares
Insanidade desenfreada
A caminho do nada
Uns bandidos banidos
Outros mártires
Da morte da natureza
Intacta ambição
Da chama ou água
Em triste profusão
Pã morreu