JÁ NÃO QUIS TE QUERER!

O vento simum
sopra sáfaro roncando,
e a rosnar troveja 
feito rojo que endoideço.

Lá no céu 
o rosicler róseo-pálido que veste a aurora,
matiza e banha o cabo da esperança em vã espuma e não espera.

Giratório e túrbido,
vê-se virar um decôte
um saiote prêt-à-porter, 
enegrecendo quão cabra cega
os cardeais da rosa-dos-ventos.

Vêde,
que a tormenta bate
roubando-o às alegrias,
e a fustigar a embarcação
transporta consigo
o que navega.

Não há âncora,
Não há porto, nem terra segura
que o bem-querer do amor, 
o outro que não quis o dispensa! 

À deriva
pelo mar revolto
vai a solidão temente ao emborco, a mil milhas do teu coração premier que não mereça.

SERRAOMANOEL - SLZ/MA - TRINIDAD - 22.12.2007.
serraomanoel
Enviado por serraomanoel em 22/12/2007
Reeditado em 22/12/2007
Código do texto: T788280
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