Fugir do fluxo...
Um eterno caminhar,
um seguir em frente neste sentir...
Não há um agora simplesmente,
o que existe é um andar permanente.
O passado machuca pela inexistência,
o futuro igualmente pela inexatidão...
Resta-me a fuga deste fluxo,
apenas caminhar para onde aponta o coração.
Não sei mais nada, nada sobre mim,
as interrogações me dominaram fazendo sangrar...
Caminho em meio à escuridão,
e neste caminhar me afogo em solidão.
A solidão que as vezes cura,
é a mesma solidão que aterroriza o horizonte...
Caminho sem mais nada saber,
caminho apenas cuidando para que a esperança não venha a falecer.