voragem

Em águas turvas, eu me aventuro,

As mulheres, luas em frenesi.

Sua vertigem, um lago dourado, molhado,

Na aurora, vislumbro uma mulher já formada, madura,

Pura e impura, um equilíbrio claro que nos inquieta.

Sua boca, veloz como a corrida de uma vida.

Dorme, acorda, e o tempo indiferente cria sua flora,

Clareira, pêssegos são suas pernas, o aroma de seus seios,

E sua morada, ampla, feita da mesma carne, carne da folha do trigo,

Mas trigo ao vento, lábios que se movem,

E a língua, profanamente religiosa,

Para corações que pulsam desenfreados, ela repousa

Na silente e extrema floresta de verdura, quando

A amamos, ela é a fúria de tempestade temperada,

E seu orgasmo, tempestade, explosão de gases no infinito

Do espaço sideral."