SANTA IGNORÂNCIA
SANTA IGNORÂNCIA
Visito-me
Na minha santa ignorância
Viajo-me
Por tempos idos
Na cabeça pruridos
Feitos malfeitos
Acumulam-se sem jeito
Destoando o hoje
Do tempo de ontem
Em que tudo era nada
A vontade era sem fronteira
Obra inacabada
Sem eira nem beira
O passar do tempo
Virou escombro
Um dar de ombros
A tudo e todos
Afinal de nada serve
Para que verve
Se morre na treva
E em nada enleva
O hoje que se carrega