Raiva

Por favor, não me toque.

Quero mordê-la,

mastigá-la.

E... quando engolir o muco amargo,

Vomitá-la

Como quem pare pela boca dizeres interditos.

Deixe-me aqui

Para que entre as palavras e rangeres incontroláveis de dentes,

Um suspiro trêmulo

vindo do âmago antes intocado por mim mesma

voe pelo infinito.