fundo do vaso

No fundo do vaso, algo repousa,

Um objeto inerte ou uma tumba secreta,

É tão ele mesmo e eu sou apenas um olhar,

A distração é meu refúgio, a porta para o desconhecido.

No silêncio, encontro a loucura da noite,

Uma nota dissonante que ecoa na escuridão,

Às vezes, um fragmento se liberta,

E o mundo se retorce, como um pesadelo.

Pode ser tristeza, ou a alegria da insanidade,

Quando tudo se desintegra e se funde em um caos,

Mas se eu cessar o pensamento e me entregar,

Encontro a rebelião nas pedras e nas visões extravagantes.

Neste vaso, há mais do que enxergam os olhos,

Uma encruzilhada de destinos, um abismo de possibilidades,

E, se eu ousasse, abriria a porta para o abismo,

E mergulharia de cabeça no turbilhão dos sentidos.