Estou diante de um banco vazio...

Estou diante de um banco vazio

O Metrô parte lentamente

Nada se move no banco

Vazio, marrom, um banco

Algum lustro de bundas

Que talvez tenham ocupado

Este assento quase solitário

Fico olhando para ele

No meu jeito taciturno

Remoendo momentos e calado

Há pessoas quietas,

Frias em seus pensamentos

Assim como eu ali parado

Dentro do Metrô solerte

Olhando para aquele banco

Parado e sem emoção

Com o pensamento correndo livre

No vazio do mundo mudo

Das idéias sem consumo

Na quase tristeza

Diante de um túnel escuro

Outra estação, Metrô parado

Esta porta que abre

Ficando para trás, o banco

Sem vida e vazio

Como muitas vidas

Que disputam o tempo

Sem o lustro do lugar desocupado.

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 25/03/2005
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