A cajueira
Na fazenda das Melancias,
Os currais cheios de vacas,
Todas de raça holandesa.
No meio a Cajueira, cor de fumaça.
Que era muito respeitada,
Perto dela ninguém passava.
Lá dentro dos currais,
Só um vaqueiro cuidava
dela e tirava o leite.
Com ela não se incomodava.
Ela até lambia as mãos dele.
Aonde ia, o acompanhava.
Qualquer outra pessoa,
A vaca estranhava.
Dentro do curral,
Ninguém passava.
Patrão resolveu vendê-la,
Para ficar sossegado.
Levada para outra fazenda,
Que ficava nos Gerais,
Para não causar problemas.
Bem distante da cidade,
Com muitos pastos grandes,
Para ter mais liberdade.