primordial
A árvore, das águas profundas, tocou a torre,
E em seu ápice, a frescura de raízes ocultas
Trouxe da terra fértil um silêncio denso e visionário,
Que reverberava da terra em tumulto o eco da infância primordial.
A grama estremecia, e nos rostos dos homens
Expressava, com sulcos de sangue e sombras profundas,
A seriedade daquela atmosfera densa,
Um jovem chamava outro, cujos braços
Eram como montanhas esculpidas na carne da vida.
A boca dos abismos acariciava outros exploradores,
Invasores de caminhos diversos, na esperança
De um perdão sutil, o céu permanecia intocável.
Seus cachos de amargura gotejavam, com precisão,
Nas inscrições que traçava, para que as coisas
Pudessem ser decifradas. O fogo serpenteava pelas fissuras
E depois retornava, memória, lembrança. E nessa dança
Onde as coisas não são mais do que faróis opacos de uma vida
Assim vivida...