árvore e a torre
A árvore das águas profundas tocou a torre,
E no seu alto, a frescura das raízes mais escondidas
Trouxe da terra fértil um silêncio escuro e profético,
Que trazia da terra louca o grito da infância primordial.
A relva tremia, e no rosto dos homens
Traduzia, com sulcos de sangue e sombra profunda,
A gravidade daquela atmosfera densa,
Um menino chamava outro, que trazia
Os braços como montanhas recortadas.
A boca dos abismos lambia outros aventureiros,
Invasores de trilhas diferentes, na esperança
De um perdão obscurecido, distante o céu baixava.
Seus cachos de fel pingavam, com precisão,
Nos signos que traçava, para que as coisas
Pudessem ser vistas. O fogo correu pelas valas
E depois voltou, lembrança, memória.