A SENSIBILIDADE SE PERSONIFICA

No tênue toque entre cílios

de olhos enamorados

no suave palpitar

de pequenas borboletas brancas

sobre madresilvas carmesins

Em sentir o aflar n’alma

Da frescura dos seus lábios

Doces pétalas de rosas

Nadando em leite de pérolas

A sensibilidade se personifica

na maviosa afetuosidade

dos teus braços enternecidos

melifluos rios de seda

cisnes tépidos e alados

no sublevar da asa decaída,

do travesso colibri

compondo no ocaso, vestido de crepúsculo

desenhos abstratos em néon

a sensibilidade se personifica

no feixe de tenras tulipas

colhidas sob a garoa

na poesia que borbota pressurosa

nas entrelinhas da vida,

vida livre, leve, solta

vida boa, vida a toa...

de poeta

por ela,

tão apaixonado,

quão enamorado.

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Davi Cartes Alves
Enviado por Davi Cartes Alves em 22/12/2007
Reeditado em 10/02/2008
Código do texto: T787911
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