EASY RIDER

Nada tem a ver com nada

O banco daquele “bumba”

Chapado com aquela maldita fragrância

Corria, corria, eram tantos faróis

O “traveco” ia calado, calado

Um se aproximou todo “pompa”

Que quebrada de cara

Quanto queixo caído

Dá vontade de rir na cara desse “cabra”

Ah! que vontade de rir

O condutor e suas cusparadas

Abre vidro, fecha vidro

E eu chapado com aquela maldita fragrância

O saco arrastando no chão

Aquele outro “bumba”, duas ou três horas antes

Que puta trânsito

Quanto carinha folgado tem nessa merda de mundo

Parece os neguinhos do S

Todo mundo muito espaçoso

Dá vontade de sair dando porrada a torto e direito

Mas será que vale um “tusta”?

Pensando hoje, no saco dia de ontem

Também arrasta no chão nessa merda de tédio

O som desvanece um pouco os rolos da cabeça

Ainda bem que não tem nada de pré-datado rolando por aí

Só meio entupido de café e fumaça

E com os dedos cansados da máquina

Tem até um doce na parada

Mas, uma devagar com a guria

Dias de Lua cheia é um saco

E aí vem aquelas frescuras de não sair

Vai faltar uma “pimba” no fim de semana

É cinco e “umas” em São Paulo

Estou a fim de ir embora

Como dizem, sair de banda

Tomar a rua

O da grana, nem sombra, e é nessa que eu vou

Agenda na mala, o Passport no rádio

Vamos dar um tempo para o dia

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 25/03/2005
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