UZÁ
Tão irreverente,
provaste da ira Celeste
Imprudente servo Uzá
Nos pés a caminho
entre carruagens,
leva consigo
os rigores da teimosia
Arca sagrada,
depósito da divindade,
dada aos despojos
do impiedoso descuido
Ô, que fim tão sangrento!
teu sangue derramado
mostra o fel da desobediência
Sabedoria incongruente,
sobre os descasos do acaso
Honrosa cidadela
herdeira do trono glorioso
Teu servo David,
entre os tremores da clemência
clama a potência dos céus
Uzá, servo inútil
de ásperas rebeldias
gestastes o mal
com maldições lançadas,
entre um povo de almas revistadas
de portentosas piedades.