Será que a poesia é sentida?

Será que quem lê sente?

Quanto peso presente.

Usei sinestesia, perguntei se ela já leu minha poesia...

Pra representar o que sinto, não há mais nada que eu tente.

Doente eu estava quando falei naquela "inebriante como a paz de um abraço ofegante"

Mas passou batido, é nítido como estou mais contido.

Eu ainda quero escrever meu livro, mas nem tudo que eu vivo é tão mais vívido quanto antigamente.

A poesia é meu caminhar na madrugada, é minha vida largada,

Despreocupada, desarmada.

Dá medo de quando ela vai bater novamente,

Na última, levou meu sorriso e deixou os dentes,

Momentaneamente...

Pois ela não vem desagradar, ela vem me lembrar...

De quem sou eu,

Me leva pra outro lugar,

Resgatar aquilo que é meu.

E se for nostalgia e ilusão,

Que me tornarão um ser humano melhor,

Só tenho a agradecer a intenção,

Tão contraditória quanto a rima de melhor com pior,

Me torno melhor ao colar os fragmentos quebrados do meu coração.

Wesley Lancuna
Enviado por Wesley Lancuna em 04/09/2023
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