Será que a poesia é sentida?
Será que quem lê sente?
Quanto peso presente.
Usei sinestesia, perguntei se ela já leu minha poesia...
Pra representar o que sinto, não há mais nada que eu tente.
Doente eu estava quando falei naquela "inebriante como a paz de um abraço ofegante"
Mas passou batido, é nítido como estou mais contido.
Eu ainda quero escrever meu livro, mas nem tudo que eu vivo é tão mais vívido quanto antigamente.
A poesia é meu caminhar na madrugada, é minha vida largada,
Despreocupada, desarmada.
Dá medo de quando ela vai bater novamente,
Na última, levou meu sorriso e deixou os dentes,
Momentaneamente...
Pois ela não vem desagradar, ela vem me lembrar...
De quem sou eu,
Me leva pra outro lugar,
Resgatar aquilo que é meu.
E se for nostalgia e ilusão,
Que me tornarão um ser humano melhor,
Só tenho a agradecer a intenção,
Tão contraditória quanto a rima de melhor com pior,
Me torno melhor ao colar os fragmentos quebrados do meu coração.