Desvios e Devaneios
"Em meio ao cerco constante
Há batalhas pelo próprio universo...
Com tantas vozes soltas
Há secura na boca
Me recolho para sobreviver
Dissipando névoas
Nunca verão como eu vejo
Nunca entenderão o que me ressuscita
Meu olhar precisa se manter nas auroras...
Suas conveniências tentam
Saber ou me descrever
O que me compõe está cerrado entre meus brios e desejos.
O que está em segredo
Permanecerá no espírito
Apenas deixe que eu aprecie
E ande por horizontes que escolhi
Em dias longos
Só o que resta é respirar e perceber...
Com olhares que jazem nas vias e esquinas
Desvios e Devaneios
Refazem meus passos
O tempo sempre está e sempre é...
Em meios a tolos
Aprenda a trancar portas e apreciar
O que há da janela...
Os cantos sutis sempre vêm
As reflexões acalentam o peito
Despertando para a nova estação
E para um novo ser."
•Charlene Santos •