Pouco a pouco
Pouco a pouco, eu perdi a poesia!
Companhia de uma noite de luar.
No bradar do vendaval, foi-se a alegria,
Na agonia, já não rimo o verbo amar.
Pouco a pouco, eu perdi a esperança,
Confiança de um poeta sonhador.
Meu pudor, é doravante ignorância,
Muita ânsia insatisfeita e pavor.
Pouco a pouco, eu perdi a liberdade,
Cavidade; se resume no meu dia.
Alegria, é mera irrealidade,
A verdade transformo-se em heresia.
Pouco a pouco, eu perdi minha razão,
A inspiração e os belos versos que eu fazia.
Pouco a pouco, eu perdi a emoção.
Pouco a pouco, eu perdi a poesia!