alvorada para um encontro
Em ti, o aroma se transmuta em essência, e como uma verdade
que se difunde na atmosfera, tua face emerge das sombras
e ilumina os rios e as florestas, nesta terra onde o enigma
é mineral, sabemos que entre os extremos da vida existe
um fogo inscrito na fugacidade das coisas, a erva germina
e dela, uma beleza etérea desce os pilares se desdobra
nas casas, na alvura do leite amoroso, que em teu seio seria
minha nutrição, meu vício, minha existência não seria outra
senão esse encontro é o campo fresco e vital de uma imensa espera
sabendo que em ti as flores são o gozo de vida real
saio das pedras, dos abismos, que mesmo em seu florescer, são as mesmas cavernas,
a noite, a noite que já provou teu sabor se derrama
pelos canais dos meus sentidos, então me estendo, me
torno a superfície que meus olhos conquistam, assim, sou em ti
o sal fervilha em uma terra líquida que imersa no escuro
se torna fruto na árvore mais exuberante deste campo, onde tua
voz sedosa e aveludada se torna parte de nosso encontro,
avanço, e a cada passo, teu corpo se funde como sangue
na vida, como o escuro na noite e como a dor no corpo assombrado
Então tu és simultaneamente a vida e a morte,
pois estás em dois ramos da mesma planta, um
onde a floresta arde e outro onde as mulheres dão à luz
seus filhos, contudo, és única, não importa quantas ruas percorras,
estás sempre no epicentro, onde a vida brota e a morte se renova,
pois és argila submersa no fogo mais sombrio
e da água que se originou no gelo mas ferveu quando teu grito ecoou
nas terras mais longínquas, és luz que entretece nas palavras
um poema a partir de uma pedra, assim como transforma tua língua em
um poema almejado, amado, repleto de dor e verdade,
Somos, e neste, exuberante e nas raízes das coisas, nos encontramos,
pois teu grito é minha garganta gritando, tua
alegria é a minha, banhando de laranja as coisas que nos são preciosas.
No teu ser, o aroma se metamorfoseia em essência, e como uma verdade
que se difunde no éter, tua face emerge das sombras
e ilumina os rios e as selvas, nessa terra onde o enigma
é mineral, sabemos que entre os extremos da vida reside
uma chama inscrita na efemeridade das coisas, a erva brota
e dela, uma beleza etérea desce pelos pilares, se desdobra
nas casas, na alvura do leite amoroso, que em teu seio seria
minha nutrição, meu vício, minha existência não seria outra
senão este encontro, o campo fresco e vital de uma espera imensa
Cientes de que em ti as flores são a verdadeira alegria da vida
Emergimos das pedras, dos abismos, que mesmo em seu florescer, são as mesmas cavernas,
a noite, a noite que já degustou teu sabor se derrama
pelos canais dos meus sentidos, então me estendo, me
torno a superfície que meus olhos conquistam, assim, sou em ti
o sal efervesce em uma terra líquida que imersa no escuro
se torna o fruto na árvore mais exuberante deste campo, onde tua
voz suave e aveludada se torna parte deste encontro nosso,
eu avanço, e a cada passo, teu corpo se entrelaça como sangue
na vida, como a noite no escuro e como a dor em um corpo atormentado
Então, és simultaneamente a vida e a morte,
pois estás em dois ramos da mesma árvore, um
onde a floresta arde e outro onde as mulheres dão à luz
seus filhos, mas és única, não importa quantas ruas percorras,
estás sempre no epicentro, onde a vida brota e a morte se renova,
pois és argila submersa no fogo mais sombrio
e da água que originou-se no gelo, mas ferveu quando teu grito ecoou
nas terras mais distantes, és luz que entretece nas palavras
um poema a partir de uma pedra, assim como transforma tua língua em
um poema desejado, amado, repleto de dor e verdade,
Somos, e neste cenário exuberante e nas raízes das coisas, nos encontramos,
pois teu grito é o eco na minha garganta, tua
alegria é a minha, banhando de laranja as coisas que nos são preciosas.